quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Talvez tudo, talvez nada.


"Essas coisas não pedem ressonância alguma em você:
Eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha - e tenho - pra você.
Acho que é bom a gente saber que existe  desse jeito em alguém, 
como você existe em mim."
( Caio Fernando Abreu ) .




- Pelo que eu tô vendo ... Você já se decidiu ...
- Er ... Eu acho que sim , não sei ...
....

Eu poderia ficar horas e horas aqui te explicando o porque de me sentir assim e no final das contas, não dizer nada . Felicidade a gente não entende não .. SENTE ... E foi assim por muito tempo ..

Eu me sentia feliz, e isso implicava em ter você comigo .... Ouvir sua voz , deitar em seu abraço ... Era segurança ... Me aninhar em você e me deixar ser embalada até dormir ... Você me deu sua mão e eu me segurei nela com toda a força que eu tinha de continuar .. de aprender a caminhar de novo ... de deixar alguém me ensinar, me cuidar ... Com você eu fui de menina à mulher em todos os meus prazeres e deleites .. Você .
Aos poucos eu aprendi a afastar as nuvens de tempestade e deixar o sol se abrir e me fazer continuar . Não ter medo do que eu posso ser capaz, não ter medo de acreditar e arriscar.... O caminho agora é ensolarado e as pedras nele sou eu quem vai tirar . Você não vem comigo .. Agora eu tenho que seguir sozinha .. Lembrança em mim , você nunca será e sim o capítulo mais lindo da história da minha vida . Aquele que vai ficar escrito sempre, dentro do meu peito .


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Hiatos .


É uma pena que o tempo não possa retroceder. Talvez fosse melhor fazer o que eu achei (des) necessário ou falar as palavras certas nos momentos em que achei minha opinião (ir)relevante.. Hoje o “se” me acompanha de braços dados com o arrependimento.  O tempo passa , as palavras não voltam e pra muitos tudo cai no esquecimento . Menos pra mim .


Eu não posso voltar atrás .

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Você olha pra mim, mas não me vê ..



Eu queria poder dizer que você não mexe mais comigo...
Que sua presença não me inibe, seu olhar não me prende mais e que eu não penso mais em você
Queria.
Queria poder olhar pra você e sentir só a felicidade de uma boa e velha amizade compartilhada, não sentir mais as "borboletas no estômago" toda vez que ouço sua voz ...
Eu queria olhar pra você e pensar só nos risos, nas brincadeiras, na molecagem de uma relação saudável entre amigo x amiga. Queria que minha vontade de te abraçar fosse só pelo carinho e não pelo amor que ainda tenho em mim.
Queria.
Queria não sentir ciúmes toda vez que vejo você interessado em outra pessoa e conseguir me interessar por outro alguém, também.
A verdade é que eu QUERO te abraçar de novo, olhar pra você e fazer você me ver. Me ver mais que uma amiga, me ter como mulher....  Me olhar como eu olho pra você ...


Ps : Eu continuo aqui, vivendo de lembranças e esperanças suas, desejando que futuramente possam ser atendidas.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Alguma coisa acontece no meu coração....


Eu esperava que o trecho da canção fizesse meu coração voltar a responder aquele amor que você tinha conquistado de mim há tempos atrás. Eu olhava para a paisagem fora da janela e observava-o pela periférica. Cabisbaixo e com semblante abatido, imaginei que você tentava “digerir” todas as palavras ditas por mim ainda há pouco. Eu sei que não é fácil aceitar mas a realidade estava ali . Não havia mais a euforia do reencontro após semanas sem nos vermos. Ou o tempo gasto em horas no telefone falando coisas alheias e a saudade da presença. Nossa história foi linda com um amor perfeito e o aprendizado mútuo pra vida toda. Ficou o carinho. Ficaram as lembranças de caminhadas na tarde e noites de puro desejo. Mas acabou. Não só a distância mas o tempo também nos mudou. O problema é que nós não queríamos admitir. Não queríamos aceitar que nossa música não tocava mais e a dança por ela embalada havia terminado e ninguém mais estava no salão. Apenas aqueles dois estranhos em silêncio. Criei coragem e o encarei :

- Preciso ir agora. 
- Então .. Vai ser assim ? Ele disse.
- Vai .. Sinto muito.

Peguei minha bolsa e fui embora .

 Por mais que meu coração doesse era assim que a vida seguiria dali pra frente, ele só e eu metade, pois com ele, ficou a melhor parte : A melhor parte de mim.




Nota : Texto baseado em muitas histórias vividas e compartilhadas .

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Estranho é o amor ..

Faz você se perder no alheio e te satisfaz num labirinto de incertezas ... 



    

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Semeando


Alívio. O coração bate compassivamente no ritmo da vida e o ar agora é de intensa tranquilidade. É chegada a época da semeadura. Plantar as mudas do amor e regá-las com bastante atenção e cuidado. Preservar os bons sentimentos, afastando as pragas da indiferença e indelicadeza que ficam à espreita, esperando por um único momento de distração. Fazer crescer a esperança e o otimismo muitas vezes perdidos em tempos de medo e tristeza. Cuidar com paciência é essencial à estação, bem como aprender a estender a mão num gesto de caridade. Na hora da colheita você saberá que caminho continuar seguindo e os frutos colhidos serão a promessa de uma nova era.  

Ps : O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória .

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mude. Mas mude devagar ...




Ah, eu sei! .... Eu jurei que nunca mais cometeria os mesmo erros, que jamais falaria aquelas palavras outra vez. Que não mais me permitiria acreditar em falsas promessas e sempre pensar em mim em primeiro plano. Eu prometi tudo isso. Mas como uma reles mortal, mais uma vez eu não cumpri! 
Ocorreu-me esta semana um caso curioso. Talvez normais para outros ou como diria uma conhecida “uma experiência estética”. Desde que mudei meu endereço daquela cidadezinha do interior para a metrópole, continuei mantendo contato com uma amiga de lá, que assim como eu, escolheu uma página virtual para expressar seus devaneios em textos. Pois bem, o último tema escolhido por ela me fez repensar nas tantas vezes que deixamos nossos problemas para último plano, pensando que “tanto faz, é coisa pequena” e quando após muitos momentos como esse, nos sentimos exaustos e magoados com o peso de tanta soberba e palavras afiadas. Tudo isso faz o balde encher. E quando não dá pra aguentar mais, você transborda. Esquece o resto. A raiva toma conta do corpo como um veneno percorrendo as veias e queimando a pele. Você simplesmente enlouquece!.Em contrapartida,  “transbordar” não é uma coisa de todo ruim. Depois da raiva,  você volta a buscar seu equilíbrio, controlar sua calma e respirar paz.  Todos tem imperfeições e pouco a pouco podem contorná-las. Basta querer. Como dizia uma singela escritora
"Mude. Lembre-se que a vida é uma só... 


Texto de Partida : Debaixo do Tapete

terça-feira, 12 de julho de 2011

Cá estou mais uma vez.



A dor me consome dia após dia desde que fui embora. Aquele seria um lindo dia. Cheio de risos e abraços calorosos em comemoração ao nosso primeiro ano de casamento. O primeiro de vários em nossas vidas.  Acho que o tempo foi bastante injusto. Acho que aquela noite não poderia ter fim. Meu velho coração não aguentou tanto contentamento. O mais engraçado é que passamos a vida toda buscando a felicidade e quando ela chega, nós não aproveitamos. Ou nem mesmo percebemos que ela chegou. Ao me dar conta que já havia encontrado o que procurava , era tarde . A noite e o vinho levados pelo bolero na vitrola antiga, tornaram-se sensações distantes enquanto eu me perdia dos seus braços. Os sentidos falharam enquanto dentro do peito, o músculo pulsante ia pouco a pouco definhando. A escuridão me levava sem que eu pudesse resistir. No momento que me juntei à você, selei o destino escrito pra nós. Meu tempo havia terminado.  Hoje fico daqui , mesmo depois de tanto tempo, cuidando , zelando, olhando você e esperando o dia em que possamos talvez, retomar aquela mesma dança. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estrelado.

Me basta agora uma noite de estrelas
Uma brisa quente de verão
O doce do beijo nos lábios
E o amor prometido dentro do meu abraço .


Sarah,



23 de novembro de 2001...

Pra você que dividiu o mesmo céu comigo naquela noite...

Ainda sinto o vazio que ficou, desde a sua partida. Ainda dói pensar como a vida pode mudar e tomar rumos totalmente inaceitáveis quando tudo parece correr bem. 
Certo dia estava mexendo num armário antigo e encontrei, dentro de um livro velho, uma carta sem destinatário... De início eu pensei que fosse só uma carta minha para mim mesma, como costumava fazer quando adolescente para desabafar meus problemas. Ao abrir o envelope, uma foto e um papel azul caíram no chão. Quando abaixei para recolhê-los, hesitei quando vi a foto. Ela mostrava um casal na areia da praia apontando para o céu. Peguei a foto e o papel e sentei na cadeira próxima à porta. Ao abrir o papel reconheci a letra e soube que era destinada a mim. Era uma carta sua. Senti seu leve perfume amadeirado, o que você mais usava e que deixava nas coisas que você tocava, o aroma impregnado. Senti uma ferida antiga reabrir dentro do meu peito. Só percebi que estava chorando quando as lágrimas molharam a carta... 
Você escreveu o porquê do fim, ainda dizendo que me amava do mesmo jeito, desde quando me viu a primeira vez naquele luau na praia, em que ficamos deitados sob o céu estrelado e o qual eu não parava de repetir que era “o mais lindo de toda a minha vida”. As lembranças me tomaram como um choque. Meu coração parou de bater quando li as últimas linhas:                                                                                      
                           


“E mesmo assim, não esqueça que eu amei você antes mesmo de te conhecer e ainda que tão longe acredite que esse amor continua vivo, me lembrando que a outra parte de mim ficou com você. Sempre seu,  
              John S,
18 de julho de 1970. 
Resolvi então, escrever esta pra você ...  
Pra  dizer que não te esqueci. Que desde o fim daquele verão , eu nunca mais consegui sorrir à toa como fazia quando estava com você. Que nenhum homem me fascinou tanto quanto você, que nenhum beijo foi melhor que o seu ... Ao ler sua carta, meu coração pediu você de volta... Depois de 31 anos eu achei o pedaço de você ainda perto de mim ... A carta que eu tanto esperei naquele ano...Quantas vezes eu fui dormir imaginando você à minha porta com a mochila de viagem dizendo que voltou pra me levar à praia e ficar lá o dia todo, esperando a noite chegar para contar as estrelas.   
É eu sei, o passado não volta mais. Ao ler sua carta eu tive a certeza que você foi uma das melhores coisas da minha vida, e agora eu não preciso mais ficar com medo de perder uma coisa que nunca vai acabar. O NOSSO sentimento. Obrigada por me ensinar a amar, por me mostrar o bom de partilhar, de cuidar e guardar com carinho no coração, momentos que nunca serão esquecidos. E além de tudo: 
Obrigada por me ensinar a apreciar a beleza de um céu estrelado. Através dele , eu estarei sempre com você.
Sarah R. 

domingo, 15 de maio de 2011

Velhas marcas ...



Um baú empoeirado, esquecido no canto do quarto. Poemas rasgados, fotos antigas...  Saudades de um verão bom. E o que resta ainda vivo e pulsante são pedaços teus em mim .

sábado, 14 de maio de 2011

A Trilha ...



A loucura transpareceu a barreiras do real. O ar tornou-se irrespirável e os sentidos não responderam mais. O peso e a dor fizeram seus ombros arriarem cansados. Cansados da espera. Perderam-se no caminho mais fácil, esqueceram que os atalhos nem sempre são as melhores escolhas para se chegar ao destino esperado. Por fim, mesmo juntos se desencontraram. Poucas armadilhas foram suficientes para interrompê-los. Ficaram cegos, tomados de precipitações e ímpetos... Não ouviam a razão, seguiam por instintos sem temer qualquer perigo ou risco.  Estavam sozinhos, mesmo estando um ao lado do outro. Continuam a seguir, dando voltas no mesmo lugar, procurando, buscando... A rota agora é inversa, retornar ao ponto de partida, começar de novo, OUTRA VEZ.


Nota: “[...] As facilidades nos impedem de caminhar. [...]”   
                                                               (Chico Xavier)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Primavera



O frio do inverno se fora. É tempo das flores, do sol e as maravilhas de uma mudança inesperada. O agora bate à porta e o passado se despede, levando consigo uma estação conturbada, cheia de dúvidas e incertezas. Hoje a luz se faz presente, iluminando esses caminhos tortuosos, o amor é um sorriso e a paz é o cheiro bom de sentir.

Ps : A trilha continua a mesma, o jeito de andar é que mudou ...

Únicos.





Eu sinto falta das tardes sabe?
De nossas ligações
De nossas bobagens
De nossas brigas.


Eu sinto falta do colo.
Das incontáveis vezes de resenha numa casa no meio do mato, dentro da cidade. 
Do amor. Do cuidado.
Eu fui e deixei uma parte lá. Não só na casa, não só na cidade. Mas em vocês.


Eu plantei sentimentos em vários jardins.
Em muitos deles esse sentimento morreu... Faltou o querer. Faltou a importância.
Ficaram lembranças. Só as melhores, pra levar no coração.


Em outros, porém, o sentimento vingou, deu maravilhosos frutos.
E eu os colho até hoje.
Colho carinho, afago, zelo e certeza. Certeza que é forte. Certeza que é inquebrável. Certeza que AMIZADE, também é AMOR.


Dedicado às minhas coisas lindas, meus maiores dengos, os meus melhores, o meu ARDL².


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sabe,



às vezes eu desejo que você seja real...


Que ao invés de só morar em meus sonhos, você seja tão vivo como eu ;
Que ao invés de ser minhas vontades, você seja minha certeza ;

Pensar em você é uma saudade que não tem nome, não tem explicação. É sempre ter um vazio no coração e o frio ao lado da cama. É como se sempre faltasse uma parte. Toda noite eu fecho os olhos e deixo você me encontrar. De repente eu sinto seu abraço e seu perfume único, o cheiro de lavanda e ar puro. Sinto seu corpo quente me protegendo e seus lábios roçarem a parte de cima da minha orelha. Ouço sua voz suave me acalmando e dizendo que eu vou ficar bem. Então você beija minha testa e diz que precisa voltar. A tristeza me invade te peço pra ficar mas já é tarde. Você se foi. Agora o calor do abraço virou frio e no lugar da sua voz, ouço o silêncio. Mais uma uma vez foi um sonho. Você não estava aqui. Nunca esteve.

E mais uma vez , mais uma vez , me pego esperando que você  seja minha realidade .

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Chove


Trancada no quarto, esqueço que lá fora corre um mundo independente de mim. Na verdade eu gosto disso. Eu gosto de silêncio. Quietude. Só o barulho das gotas de chuva batendo na janela. Fecho os olhos e aprecio a melodia. Eu consigo me perder. Me perder dentro do meu SÓ, dos meus pensamentos, dos meus anseios. Sinto o gosto da minha outra metade, o lado que vive em perfeito desalinho com meus desejos reprimidos constantemente apenas por mera falta de compreensão. O equilíbrio diário em conflito com a insensatez convidativa... o ócio submisso ao trabalho. E em meio a tantos contras, me entrego inteira para ter o simples prazer de contemplar uma tarde de chuva.

sábado, 16 de abril de 2011

Era Uma Vez .. ?


[...]


- Então, me mostre teu céu e diga que me levará com você pra sempre. Ela gritou.
- Não tens medo ? Disse ele.
- Medo ? Eu escolhi viver sem ele, aproveitando todo dia como se fosse o último, lutar pelo que sempre quis, nunca olhar pra trás ..
- Não sentirás falta desta jornada ?
- Talvez . Talvez eu sinta saudade das muitas pedras que me fizeram cair durante todo trajeto.
- Não entendo. Ele disse.
- Sim, as pedras! Afinal com tantas quedas eu aprendi a me reinventar. Um novo dia, uma nova história.. Que as pessoas passem a encarar a vida assim: De peito aberto, buscando nas suas fraquezas uma força de vontade maior que os obstáculos impostos pelo destino, que aliás é traçado em atitudes e gestos que cada um leva consigo e com o mundo .
- Fica comigo então ? Ele disse .
- Não há nada nesse mundo que me faça desistir . De tantas frases pensadas e mensagens não-ditas eu opto por seguir a loucura. Eu escolho o coração. Viver feliz, ser minhas vontades e respirar paz. Vamos ?


[...]

E juntos, do seu mundo aprenderam a  ser únicos . E se assim for, creio ser um final feliz .

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Insana




Amor que brota, desbota e renova
Abraço que cuida, afaga e cura
Tempo perdido, infinito finito
Desejo bem-dito,  
Uma mulher, uma amante
Uma nefelibata inconstante
Cheiro de beijo , gosto de manhã 
Palavras ao vento , filosofia vã .

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É estranho escrever sobre a DOR.

Todos a sentem sejam físicas ou emocionais, porém prefere-se não falar sobre ela. Comigo também não é diferente. É fácil falar sobre o tempo, idealismos ou abstrações. Mas sobre a dor, eu não falo, ou melhor, não escrevo. Não consigo traduzir com letras um sentimento assim. Há quem diga que dor não se escreve apenas sente. Mas se podemos sentir, também podemos tentar externá-la, não é mesmo? A dor que eu falo é pior que a dor física. Dói mais que alguém bater em seu rosto, dói mais do que ser cortar. A dor maior que eu cito, é a perda. Perder alguém, mais precisamente. Não, não estou falando de paixonites ou relacionamentos. Eu falo é de afetividade. Carinho. Ternura. O cuidado e a simplicidade. E no lugar de todos esses, aprender a se conformar com a saudade. Ela vem a qualquer hora, em qualquer momento, traz lembranças doces e engraçadas e mesmo assim doídas. Não que a saudade seja uma coisa ruim, de jeito nenhum, mas às vezes ela é grande demais e parece que não dá pra aguentar... E então de novo a DOR... O aperto no peito, o nó na garganta, o choro incontido. Eu vou ficando por aqui... Como disse agora a pouco "ela é grande demais e parece que não dá pra aguentar"...
Ps: Definitivamente, ainda não aprendi a escrever sobre a dor ...
Dedicado as minhas maiores SAUDADES.

Iracilda Figueredo * 1935  2011
Amanda Reis * 1929  2011

“Cedo ou tarde, a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhor .”

sábado, 5 de março de 2011

A Última Vez .

Não era mais um encontro normal. Não era mais o encanto de uma tarde animada deitados na grama do jardim. Não havia mais a simplicidade de um sorriso nem o calor do abraço. Agora eram estranhos, um ao invés de dois. Sentados frente a frente numa das mesas de cafeteria do subúrbio, eles se olhavam pela última vez. A última vez em que ele veria os grandes olhos castanhos dela que muitas vezes falavam o que os lábios não conseguiam transmitir. Seria a última vez que ele olharia pra ela e perceberia que a menina de bochechas rosadas e vestido azul floral que conheceu há quinze anos atrás, ainda estava viva no corpo daquela mulher atraente e sensual. A mesma menina com quem brincava de pique depois da escola e que veio se tornar a mulher que possuiu em seus braços por tantas noites...                                
Ela baixou seu olhar para a xícara de café. Sabia que se continuasse a olhá-lo, não demoraria a derramar suas lágrimas. Silêncio. Aquilo que era o ponto final. Não havia mais chance para fazer dar certo. Como dar adeus a alguém a quem dedicou a maior parte de si?Todos os seus desejos, medos e planos futuros? A verdade estava ali: A parte doada agora despedia-se dela deixando-a metade. Incompleta. Nenhuma palavra conseguiria mostrar o quanto isso estava doendo agora. Bebeu um pouco do café. Mais uma vez silêncio.                                  
Ele se levantou e como de costume, beijou-lhe a testa. Despediu-se contidamente. Após passos lentos virou-se para contemplá-la uma última vez. Tinha certeza que aquela mulher nunca seria esquecida no meio da bagunça de sua vida. Voltou e abraçou-a ternamente. Sussurrou em seu ouvido    apenas “te levarei sempre em mim”. Dando fim ao seu silêncio, ela disse: “Agora eu entendo. Obrigada por fazer parte de mim. Por me completar enquanto eu ainda não sabia como fazê-lo. Por ter sido minha metade. Mais uma vez, obrigada.” Estreitou ainda mais o abraço e depois o soltou. Ele voltou a caminhar lentamente até desaparecer no fim da avenida.                        
 Ela continuava no mesmo lugar, embora não fosse mais a mesma pessoa. A fragilidade agora deu espaço a certeza que era capaz de continuar. E o que antes era a metade dele dentro  dela, tornou-se uma doce lembrança de alguém especial. Uma estrada havia terminado enquanto  outra apenas começava.  Porém essa, ela trilharia só.

terça-feira, 1 de março de 2011

Para medir o AMOR, não existe CÁLCULO

 
Hoje eu descobri a razão da falta de valores no mundo e como os SERes humanos podem SER tão cruéis . Como a mentira e uma palavra maldosa podem doer mais que um tapa no rosto. A ganância e o desamor matar mais do que guerras, e o egoísmo destruir ao invés de amparar. 
Hoje, eu quero voltar pra casa. Voltar pra minha mãe. Quero voltar a ser criança e correr pro quarto dela no meio da noite, dizer que tive pesadelo e dormir agarrada com ela sentindo seu perfume doce. Quero as noites de inverno, no qual ela acordava na madrugada só para me cobrir direito e calçar meias me protegendo do frio. Quero seu sorriso perfeito e sua risada gostosa enquanto conversa. Quero seu abraço tão simetricamente perfeito quando me envolve, todos os dias. Quero deitar sua cabeça em meu colo todo fim de tarde e “coçar sua cabeça” até ela dormir .  Quero até as broncas e palavras grossas que meia hora depois são trocadas por seu carinho. Quero voltar a me sentir protegida sobre sua asa sem me preocupar com a maldade do mundo aqui fora. Sem esperar que alguém se aproveite das minhas quedas e falhas.  
Hoje eu sei que dói crescer e ainda mais encarar esses desafios sozinha. Talvez amanhã tudo isso se mostre apenas uma coisa de momento, um desabafo, um desapego e que passe assim como veio. Talvez sim, talvez não. Só que hoje, eu quero meu LAR.                
Nota : Dedicado à mulher que me deu a vida , me ensinou os primeiros passos , me fez quem sou . Iracy Reis  .

domingo, 30 de janeiro de 2011

Meu Um ...


Como se tudo fosse a primeira vez, eu senti “aquilo” novamente...  Não consegui acreditar que era possível depois de passar tanto tempo desgostosa e amargurada do último relacionamento. O baque havia sido tão grande que eu me fechara para qualquer tipo de sentimento. Pelo menos era o que eu pensava que fosse, ou como deveria ser. Mas não é assim que as coisas funcionam. Não importa quantas vezes você sofra ou chore, se o seu sentimento foi maior que o do outro ou o quanto você se doou a mais. Não importa quantas vezes você se pergunte como ainda pode doer tanto, mesmo depois de haver se passado meses após a separação e aquele espaço ainda se encontrar vazio. E é assim, quando você menos espera que “aquilo” surge outra vez. De início você nega, tampouco cogita qualquer possibilidade de torna-se real e verdadeiro. Logo após as dúvidas: E se? Mas como? Será? As dúvidas são só um aperitivo para o que vem adiante. Sua cabeça se transforma num campo de batalha entre você e suas escolhas (lembrando que quase sempre em meio a tantos prós e contras, é você quem perde). Depois vem a aceitação. Já não há mais alternativa pra fugir. É mais forte, mais tentador do que tudo que você já passou antes. A vontade de arriscar é implacável. E aí você se entrega. Mais uma vez você vai de encontro a tudo que fugiu. A tudo que ignorou por tanto tempo. E não tem mais jeito, mesmo sendo muitas as vezes que você sofreu e chorou, o sentimento foi maior que o do outro ou o quanto você se doou a mais. Você vive tudo de novo, como a primeira vez.  Se entrega, se doa. Compartilha e acalenta. Na juventude ou na meia-idade, mesmo que cedo ou tarde, o amor sempre nos dá outra chance. 


Nota da Autora : De volta , queridos leitores , após um tempinho fora do ar ... 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...