sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sabe,



às vezes eu desejo que você seja real...


Que ao invés de só morar em meus sonhos, você seja tão vivo como eu ;
Que ao invés de ser minhas vontades, você seja minha certeza ;

Pensar em você é uma saudade que não tem nome, não tem explicação. É sempre ter um vazio no coração e o frio ao lado da cama. É como se sempre faltasse uma parte. Toda noite eu fecho os olhos e deixo você me encontrar. De repente eu sinto seu abraço e seu perfume único, o cheiro de lavanda e ar puro. Sinto seu corpo quente me protegendo e seus lábios roçarem a parte de cima da minha orelha. Ouço sua voz suave me acalmando e dizendo que eu vou ficar bem. Então você beija minha testa e diz que precisa voltar. A tristeza me invade te peço pra ficar mas já é tarde. Você se foi. Agora o calor do abraço virou frio e no lugar da sua voz, ouço o silêncio. Mais uma uma vez foi um sonho. Você não estava aqui. Nunca esteve.

E mais uma vez , mais uma vez , me pego esperando que você  seja minha realidade .

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Chove


Trancada no quarto, esqueço que lá fora corre um mundo independente de mim. Na verdade eu gosto disso. Eu gosto de silêncio. Quietude. Só o barulho das gotas de chuva batendo na janela. Fecho os olhos e aprecio a melodia. Eu consigo me perder. Me perder dentro do meu SÓ, dos meus pensamentos, dos meus anseios. Sinto o gosto da minha outra metade, o lado que vive em perfeito desalinho com meus desejos reprimidos constantemente apenas por mera falta de compreensão. O equilíbrio diário em conflito com a insensatez convidativa... o ócio submisso ao trabalho. E em meio a tantos contras, me entrego inteira para ter o simples prazer de contemplar uma tarde de chuva.

sábado, 16 de abril de 2011

Era Uma Vez .. ?


[...]


- Então, me mostre teu céu e diga que me levará com você pra sempre. Ela gritou.
- Não tens medo ? Disse ele.
- Medo ? Eu escolhi viver sem ele, aproveitando todo dia como se fosse o último, lutar pelo que sempre quis, nunca olhar pra trás ..
- Não sentirás falta desta jornada ?
- Talvez . Talvez eu sinta saudade das muitas pedras que me fizeram cair durante todo trajeto.
- Não entendo. Ele disse.
- Sim, as pedras! Afinal com tantas quedas eu aprendi a me reinventar. Um novo dia, uma nova história.. Que as pessoas passem a encarar a vida assim: De peito aberto, buscando nas suas fraquezas uma força de vontade maior que os obstáculos impostos pelo destino, que aliás é traçado em atitudes e gestos que cada um leva consigo e com o mundo .
- Fica comigo então ? Ele disse .
- Não há nada nesse mundo que me faça desistir . De tantas frases pensadas e mensagens não-ditas eu opto por seguir a loucura. Eu escolho o coração. Viver feliz, ser minhas vontades e respirar paz. Vamos ?


[...]

E juntos, do seu mundo aprenderam a  ser únicos . E se assim for, creio ser um final feliz .

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Insana




Amor que brota, desbota e renova
Abraço que cuida, afaga e cura
Tempo perdido, infinito finito
Desejo bem-dito,  
Uma mulher, uma amante
Uma nefelibata inconstante
Cheiro de beijo , gosto de manhã 
Palavras ao vento , filosofia vã .

quinta-feira, 14 de abril de 2011

É estranho escrever sobre a DOR.

Todos a sentem sejam físicas ou emocionais, porém prefere-se não falar sobre ela. Comigo também não é diferente. É fácil falar sobre o tempo, idealismos ou abstrações. Mas sobre a dor, eu não falo, ou melhor, não escrevo. Não consigo traduzir com letras um sentimento assim. Há quem diga que dor não se escreve apenas sente. Mas se podemos sentir, também podemos tentar externá-la, não é mesmo? A dor que eu falo é pior que a dor física. Dói mais que alguém bater em seu rosto, dói mais do que ser cortar. A dor maior que eu cito, é a perda. Perder alguém, mais precisamente. Não, não estou falando de paixonites ou relacionamentos. Eu falo é de afetividade. Carinho. Ternura. O cuidado e a simplicidade. E no lugar de todos esses, aprender a se conformar com a saudade. Ela vem a qualquer hora, em qualquer momento, traz lembranças doces e engraçadas e mesmo assim doídas. Não que a saudade seja uma coisa ruim, de jeito nenhum, mas às vezes ela é grande demais e parece que não dá pra aguentar... E então de novo a DOR... O aperto no peito, o nó na garganta, o choro incontido. Eu vou ficando por aqui... Como disse agora a pouco "ela é grande demais e parece que não dá pra aguentar"...
Ps: Definitivamente, ainda não aprendi a escrever sobre a dor ...
Dedicado as minhas maiores SAUDADES.

Iracilda Figueredo * 1935  2011
Amanda Reis * 1929  2011

“Cedo ou tarde, a gente vai se encontrar, tenho certeza numa bem melhor .”

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