quarta-feira, 18 de maio de 2011

Estrelado.

Me basta agora uma noite de estrelas
Uma brisa quente de verão
O doce do beijo nos lábios
E o amor prometido dentro do meu abraço .


Sarah,



23 de novembro de 2001...

Pra você que dividiu o mesmo céu comigo naquela noite...

Ainda sinto o vazio que ficou, desde a sua partida. Ainda dói pensar como a vida pode mudar e tomar rumos totalmente inaceitáveis quando tudo parece correr bem. 
Certo dia estava mexendo num armário antigo e encontrei, dentro de um livro velho, uma carta sem destinatário... De início eu pensei que fosse só uma carta minha para mim mesma, como costumava fazer quando adolescente para desabafar meus problemas. Ao abrir o envelope, uma foto e um papel azul caíram no chão. Quando abaixei para recolhê-los, hesitei quando vi a foto. Ela mostrava um casal na areia da praia apontando para o céu. Peguei a foto e o papel e sentei na cadeira próxima à porta. Ao abrir o papel reconheci a letra e soube que era destinada a mim. Era uma carta sua. Senti seu leve perfume amadeirado, o que você mais usava e que deixava nas coisas que você tocava, o aroma impregnado. Senti uma ferida antiga reabrir dentro do meu peito. Só percebi que estava chorando quando as lágrimas molharam a carta... 
Você escreveu o porquê do fim, ainda dizendo que me amava do mesmo jeito, desde quando me viu a primeira vez naquele luau na praia, em que ficamos deitados sob o céu estrelado e o qual eu não parava de repetir que era “o mais lindo de toda a minha vida”. As lembranças me tomaram como um choque. Meu coração parou de bater quando li as últimas linhas:                                                                                      
                           


“E mesmo assim, não esqueça que eu amei você antes mesmo de te conhecer e ainda que tão longe acredite que esse amor continua vivo, me lembrando que a outra parte de mim ficou com você. Sempre seu,  
              John S,
18 de julho de 1970. 
Resolvi então, escrever esta pra você ...  
Pra  dizer que não te esqueci. Que desde o fim daquele verão , eu nunca mais consegui sorrir à toa como fazia quando estava com você. Que nenhum homem me fascinou tanto quanto você, que nenhum beijo foi melhor que o seu ... Ao ler sua carta, meu coração pediu você de volta... Depois de 31 anos eu achei o pedaço de você ainda perto de mim ... A carta que eu tanto esperei naquele ano...Quantas vezes eu fui dormir imaginando você à minha porta com a mochila de viagem dizendo que voltou pra me levar à praia e ficar lá o dia todo, esperando a noite chegar para contar as estrelas.   
É eu sei, o passado não volta mais. Ao ler sua carta eu tive a certeza que você foi uma das melhores coisas da minha vida, e agora eu não preciso mais ficar com medo de perder uma coisa que nunca vai acabar. O NOSSO sentimento. Obrigada por me ensinar a amar, por me mostrar o bom de partilhar, de cuidar e guardar com carinho no coração, momentos que nunca serão esquecidos. E além de tudo: 
Obrigada por me ensinar a apreciar a beleza de um céu estrelado. Através dele , eu estarei sempre com você.
Sarah R. 

domingo, 15 de maio de 2011

Velhas marcas ...



Um baú empoeirado, esquecido no canto do quarto. Poemas rasgados, fotos antigas...  Saudades de um verão bom. E o que resta ainda vivo e pulsante são pedaços teus em mim .

sábado, 14 de maio de 2011

A Trilha ...



A loucura transpareceu a barreiras do real. O ar tornou-se irrespirável e os sentidos não responderam mais. O peso e a dor fizeram seus ombros arriarem cansados. Cansados da espera. Perderam-se no caminho mais fácil, esqueceram que os atalhos nem sempre são as melhores escolhas para se chegar ao destino esperado. Por fim, mesmo juntos se desencontraram. Poucas armadilhas foram suficientes para interrompê-los. Ficaram cegos, tomados de precipitações e ímpetos... Não ouviam a razão, seguiam por instintos sem temer qualquer perigo ou risco.  Estavam sozinhos, mesmo estando um ao lado do outro. Continuam a seguir, dando voltas no mesmo lugar, procurando, buscando... A rota agora é inversa, retornar ao ponto de partida, começar de novo, OUTRA VEZ.


Nota: “[...] As facilidades nos impedem de caminhar. [...]”   
                                                               (Chico Xavier)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Primavera



O frio do inverno se fora. É tempo das flores, do sol e as maravilhas de uma mudança inesperada. O agora bate à porta e o passado se despede, levando consigo uma estação conturbada, cheia de dúvidas e incertezas. Hoje a luz se faz presente, iluminando esses caminhos tortuosos, o amor é um sorriso e a paz é o cheiro bom de sentir.

Ps : A trilha continua a mesma, o jeito de andar é que mudou ...

Únicos.





Eu sinto falta das tardes sabe?
De nossas ligações
De nossas bobagens
De nossas brigas.


Eu sinto falta do colo.
Das incontáveis vezes de resenha numa casa no meio do mato, dentro da cidade. 
Do amor. Do cuidado.
Eu fui e deixei uma parte lá. Não só na casa, não só na cidade. Mas em vocês.


Eu plantei sentimentos em vários jardins.
Em muitos deles esse sentimento morreu... Faltou o querer. Faltou a importância.
Ficaram lembranças. Só as melhores, pra levar no coração.


Em outros, porém, o sentimento vingou, deu maravilhosos frutos.
E eu os colho até hoje.
Colho carinho, afago, zelo e certeza. Certeza que é forte. Certeza que é inquebrável. Certeza que AMIZADE, também é AMOR.


Dedicado às minhas coisas lindas, meus maiores dengos, os meus melhores, o meu ARDL².


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